sexta-feira, 10 de maio de 2013

Pesquisadores da UFAM na Aldeia Piranha

A esperança de dias melhores pelo olhar dos pesquisadores do NUSEC/UFAM


No ultimo dia 25 de abril do corrente ano, tivemos a honra de receber em nossa Aldeia os pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas - UFAM. A equipe era formada por pesquisadores das mais diversas área do conhecimento, a grande maioria pertencia à equipe do levantamento socioeconômico, os demais eram da equipe de pesca, arqueologia e conselhos.
Ficamos muito felizes em recebe-los em nossas casas, pois, somente através do conhecimento e divulgação das nossas reis situações e anseios, podemos ter esperança de dias melhores para a nossa Aldeia.
Relatamos todas as nossas dificuldades principalmente a respeito da saúde indígena, que no momento está deixando muito a desejar, a pesar de termos uma bela estrutura não temos equipamentos, profissionais e medicamentos parra suprir as necessidades básica de saúde dos indígenas. Falamos também da nossa dificuldade em realizar a fiscalização da Terra Indígena (TI) Cunhã Sapucaia, pois não temos apoio ou ajuda de custo para realizarmos esse serviço, em breve estaremos escrevendo uma matéria sobre a realização da fiscalização desta área. Falamos também sobre a nossa necessidade de expandirmos os limites da TI, pois percebemos que o nosso povo está crescendo, e consequentemente, precisaremos de mais alimento, mais madeira, mais roças e assim por diante.
O nosso povo veio quase a ser dizimado na época da colonização, mesmo já estando nesta terra, fomos escravizados, massacrados e humilhados e ainda assim, hoje em dia, para termos os nossos direitos assegurados, temos que viver sobre a tutela de uma autarquia federal, e é quase que unanimidade a desaprovação desse sistema pelos brancos. Muitos reclamam que temos muitos direitos e que somos vagabundos, mas, esquecem que tudo era nosso! Que o próprio quintal dessa pessoa que protesta contra nós, pode ter sido uma aldeia! Agora fazemos uma pergunta para deixar em aberto, o que você faria se você tivesse um terreno e outras pessoas viessem e tomassem uma parte ou mesmo a totalidade de sua propriedade? Ou seja, só estamos requerendo o que já era nosso! E não somos egoístas em querer tudo, se você observar, as maiores áreas do Brasil pertencem aos brancos.
Um outro fato que fizemos questão de falar, foi a falta de consulta ao povo indígena da TI Cunhã Sapucaia, para a criação tanto do Parque Estadual quanto da RDS do Matupiri, pois se tivéssemos sido consultados, teríamos ressaltado que esta área era usada pelos indígenas para adquirimos a nossa caça, nossa pesca, madeira, castanha dentre outros produtos que a natureza nos oferece e são importantes para a nossa sobrevivência.
Estamos aqui a séculos e séculos, e nem por isso causamos grandes destruição, pelo contrário, ajudamos a conservar este local, é por nós que toda esta floresta está de pé, é pelo nosso suor e luta em preservar a natureza. Só tiramos dela o que precisamos, vivemos de forma simples e não ostentamos riqueza, por isso, não é justo que tenhamos cuidado do meio ambiente a séculos e agora não podermos entrar nestas áreas.
Desta forma queremos enaltecer todos os pesquisadores da UFAM, agradecer pela educação, paciência e compreensão com o nosso povo e, dizer que temos esperança de que vocês vão relatar as reais necessidades do nosso povo. De modo especial queremos agradecer ao Engenheiro Amazonino, que foi quem nos ajudou a criar esta ferramenta para a divulgação de assuntos da Aldeia e também a Sami,  André e ao Sérgio que estavam na coordenação da equipe.







 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Polo Base de Saúde do povo Mura de Cunhã Sapucaia

As mínimas condições de saúde do povo Mura de Cunhã Sapucaia


O Estado Brasileiro tem carência de profissionais e equipamentos da área de saúde. Este problema, afeta diretamente o Povo Mura que moram na Terra Indígena de Cunhã Sapucaia, localizado no Rio Igapó-açu margem norte. Os mesmos possuem um prédio onde funciona o Polo Base de Saúde, o qual não apresenta estrutura para atender a demanda dos indígenas. A pesar de da boa extrutura física do prédio, a auxência de profissionais de saúde, equipamentos e medicamentos é gritante. Os órgãos governamentais responsáveis pela saúde indígina no estado, vem se ausentando das responsabilidades.
Os indígenas afirma que, memo com duas reuniões do conselho local e uma distrital eles não conseguiram retomar o nome aclamado pelos conselhos e lideranças para a continuação do nome de Polo Base Piranha, fato ao qual está travando a deliberação de recursos, equipamentos, medicamentos e profissionais da área da saúde.